A enxaqueca é uma doença neurológica grave1, e um dos seus sintomas mais frequentes é a dor de cabeça, que vem com características muito específicas: normalmente é de forte intensidade, latejante, pode aparecer em apenas um dos lados da cabeça e também pode vir acompanhada de grande sensibilidade à luz, som, toque ou cheiro, além de náuseas e vômitos2.
A enxaqueca é uma doença composta por fases definidas. São quatro no total, mas é importante salientar que nem todas as pessoas que sofrem com enxaqueca manifestam todas essas fases ou, pelo menos, não percebem que as têm2.
A Sociedade Brasileira de Cefaleia determina quatro fases para a doença, de maneira geral. É importante lembrar que a enxaqueca tem características próprias em cada pessoa, que nem sempre apresenta todas as fases1.
Começa com fadiga, bocejo, dificuldade de concentração, irritabilidade, depressão, avidez por doce. Acontece até 72 horas antes da dor de cabeça.
A aura é definida como manifestações neurológicas bem localizadas, que surgem de maneira gradual. A aura visual é a mais frequente, e pode aparecer em forma de pontos pretos, pontos brilhantes e imagens em ziguezague.
É a fase que mais incomoda, e é a que geralmente leva o paciente a procurar um médico. Pode durar de 4 a 72 horas e se apresenta como dor de qualidade latejante, usualmente de forte intensidade.
A última fase traz sintomas parecidos com os da fase premonitória, com fadiga, sonolência, dificuldade de concentração ou até uma dor em toda a cabeça leve e residual, podendo durar até 48 horas (2 dias).
Lembre-se: se você se identificou com os sintomas da enxaqueca, procure um médico para chegar ao diagnóstico correto e, consequentemente, ao tratamento mais indicado para o seu caso.
Conforme a ciência avança em seus estudos sobre a enxaqueca, e sobre a sua atuação no cérebro e no sistema nervoso, avançam também os tratamentos para a doença.
Ainda não existe uma cura definitiva1, por isso, os objetivos dos diferentes tratamentos são evitar o aparecimento das crises, amenizar os sintomas, reduzindo a incapacidade causada por eles, e conscientizar os pacientes para que possam ter uma melhor qualidade de vida.2
Tem como objetivo prevenir o aparecimento das crises, reduzindo o número de crises e diminuindo a intensidade da dor1, 2. Geralmente é indicado para pacientes crônicos3, quando a frequência ou gravidade da enxaqueca chega a um ponto que interfere significativamente na vida das pessoas.
É uma terapia não medicamentosa, usada principalmente como coadjuvante da prevenção. Em alguns pacientes, mudanças no estilo de vida, com alimentação saudável, prática frequente de exercícios físicos, meditação etc., podem ajudar a impedir o início das crises1, 2.
É utilizado para interromper os sintomas quando uma crise de enxaqueca começa1. Quanto mais cedo for iniciado, melhor, por isso os ataques devem ser tratados precocemente, quando a dor ainda é leve. Medicamentos como analgésicos e anti-inflamatórios são os mais utilizados2. Apesar de muitos deles não necessitarem de prescrição médica, o correto é contar sempre com o acompanhamento de um especialista, já que o uso indiscriminado pode agravar os sintomas2.