A rotina do trabalho em casa pode ser prejudicial a quem sofre de crises de enxaqueca, potencializando também outras doenças neurológicas. Saiba como prevenir.
A pandemia do corona vírus não deixou passar nada: todas as pessoas foram impactadas de alguma forma, seja no âmbito pessoal, familiar, social ou profissional.
No caso deste último, que sofreu consequências como a implantação do modelo de trabalho em home office, – isto é, trabalho remoto, feito de casa – os efeitos foram muito além, afetando também a saúde física e mental de quem precisou se adaptar ao novo formato¹.
Além das dificuldades de concentração e frequentes dores no corpo, a enxaqueca vem sendo mencionada como uma das principais reclamações referentes a atividades profissionais desempenhadas de casa, o que acaba atrapalhando diretamente o rendimento individual e, consequentemente, o coletivo.
Isso acontece porque o tempo que antes era destinado somente ao trabalho agora também é compartilhado com atividades domésticas, cuidado com crianças, idosos e animais, entre outros, que potencializam a carga emocional do paciente e fazem com que as crises surjam com mais frequência². Ainda, tais preocupações podem ser responsáveis por desencadear crises de ansiedade e outros problemas psicológicos, doenças também associadas à enxaqueca³.
Não obstante, o aumento no tempo de uso de aparelhos eletrônicos é comprovadamente prejudicial para quem sofre da doença, já que o exercício do cérebro em se adaptar às luzes e sons provenientes dos dispositivos se tornou um dos principais responsáveis pelo desencadeamento das crises⁴.
Para evitar que a enxaqueca seja mais um problema em meio a tantos outros que a pandemia nos trouxe, é importante seguir as antigas recomendações: procure balancear a rotina para diminuir o risco de estresse, mantenha uma boa alimentação e bons hábitos de sono e observe o seu corpo para entender seus gatilhos⁵. Não se esqueça de visitar seu neurologista com frequência – mesmo que virtualmente – para seguir o tratamento adequado para você!